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ÁRVORE PLANTADA JUNTO AO RIBEIRO

Abril, 2014

"Mas, bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está.Ele será como uma árvore plantada junto às águas e que estende as suas raízes para o ribeiro. Ela não temerá quando chegar o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano da seca nem deixará de dar fruto" (Jeremias 17:7-8).“Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará” (Salmos 1:2-3).

 

Quando colocamos a nossa confiança no Senhor, quando temos prazer na meditação da Sua palavra; na observância e prática dos princípios e valores pregados e vividos por Jesus Cristo, podemos ser comparados a uma árvore plantada junto ao ribeiro.

 

Vejamos a importância, as características e as funções de uma árvore junto ao ribeiro. Elas dão o seu fruto na estação própria e as suas folhas não secam. Por estarem junto às águas, são muito bem nutridas, sadias e muito produtivas. As suas folhas permanecem verdes todo o tempo, refletindo beleza exuberante e demonstrando vida abundante, mesmo quando há sequidão e muito calor. Interessante é que as árvores nessas condições servem também de abrigo, proteção e de alimento para outros seres vivos, através dos seus frutos bons e sadios.

 

A ciência já comprovou que as matas ciliares (árvores que margeiam as águas) trazem muitos benefícios aos seres vivos e ao meio ambiente, sendo elas fundamentais para a proteção do solo e dos rios. Elas amenizam o impacto das gotas de chuva na terra, o que evita as enxurradas e o conseqüente assoreamento dos rios (diminuição da profundidade e do volume de água).

Além disso, os seus frutos e sementes servem de alimento para os animais e peixes que habitam nessas áreas.

 

Devido a tantos benefícios, foi criada até uma lei visando à preservação dessas matas: O Código Florestal Brasileiro. Sendo denominadas de Área de Preservação Permanente há restrições quanto ao seu uso e exploração. Segundo essa lei se constitui crime ambiental o desmatamento das matas ciliares.

 

Fazendo uma analogia conosco, podemos ser identificados como árvores junto ao ribeiro. Quando somos alimentados pela palavra de Deus e cheios do Espírito Santo (águas da vida) a nossa vida se torna abundante de graça, formosura e beleza. Mesmo passando por momentos difíceis e de aflição (sequidão e calor), as nossas folhas permanecem verdes (fé inabalável). E produzimos frutos bons e sadios que servem de alimento para as pessoas necessitadas.

 

Firmados nessa terra fértil nos tornamos seres úteis para a humanidade carente de salvação, amor, abrigo e proteção. Podemos saciar a sede de muitos, através das nossas águas límpidas e de qualidade ímpar. Jesus disse: "Quem crê em mim, do seu interior fluirão rios de água viva.” João 7:38.

 

Por isso, assim como as árvores junto às águas, damos frutos no tempo certo e tudo quanto fizermos prosperará.

 

Não se trata de prosperidade e riqueza material para fins particulares, mas essencialmente para o serviço ao próximo e à sustentabilidade socioambiental.

 

Contudo, a mais importante é a prosperidade espiritual, o crescimento do reino de Deus. É a benção do Senhor que enriquece e não acrescenta dores; e o Espírito Santo vivifica em nós.

 

Sejamos, pois, como árvore plantada junto ao ribeiro. Com as raízes firmadas na terra fértil (princípios e valores cristãos) podemos influenciar o mundo através do nosso testemunho de vida (frutos do Espírito); alimentar e socorrer os aflitos e necessitados com as boas novas do evangelho da graça de Jesus.

 

Honra e Glória ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amém! Que o Deus criador dos céus e da terra nos abençoe.

 

Graça e paz de Jesus!

 

Jaécio Matos Santos

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O QUE FAZEMOS NO MUNDO?

(Jaécio Matos)

 

         O mundo mudou, ou melhor, vem mudando ao longo da história. Os avanços da ciência e tecnologia em conjunto com as novas relações sociais; potencializadas pelas redes de internet, vem promovendo mudanças de comportamento nos seres humanos.

     Não obstante, não há garantia que todo processo de mudança gere desenvolvimento qualitativo para a sociedade. Não há como negar os inúmeros benefícios. No entanto, também são grandes os males causados. Todos sonham (ou já sonharam) ter um mundo melhor. Como o saudoso Jonh Lennon dizia: Não sou o único sonhador. Resta saber que mundo melhor é esse que queremos.

         Quando pensamos em um mundo melhor, logo vem a ideia de justiça social (com a melhoria da qualidade de vida de todos os povos), a garantia da dignidade da pessoa humana e a extinção da pobreza. Na realidade, esse sonhado mundo melhor não seria impossível. O fato é que o poder econômico e os governos constituídos poderiam resolver nossos principais problemas. Dinheiro não falta no mundo para isso, mas os interesses escusos do grande capital, entre outros fatores, aniquilam tal possibilidade de distribuição mais justa da renda para a população. Eles priorizam as guerras ao invés da paz. Nosso mundo é maravilhoso, mas também é terrível. E a gente quer mesmo é viver, é cantar, é sorrir e ser feliz. 

         Na sociedade, várias são as opiniões e os discursos acerca de como fazer para tornar nosso mundo melhor. Rita Lee, em uma de suas canções, diz: "Me cansei de lero, lero... Me cansei de escutar opiniões de como ter um mundo melhor". E termina a música com esse verso: "Mas, enquanto estou viva e cheia de graça, talvez ainda faça um monte de gente feliz." Em geral, esse desabafo expressa também o nosso sentimento de que existem muito mais palavras do que ações efetivas no trato dessa questão, embora saibamos que estamos diante desse imenso desafio. A filosofia, a ciência, as artes, as religiões tentam encontrar os caminhos. No fundo mesmo, o que necessitamos é de humanidade, é fazermos jus ao privilégio de sermos chamados de "humanos".

         Assim, não podemos deixar de reconhecer que, apesar de não sermos capazes, individualmente, de mudar o mundo, podemos fazer parte (se assim quisermos) de uma "corrente do bem", em que a soma contagiante da benignidade poderá afetar a todos. Mas, vale o velho ditado: "Se não podemos (ou queremos) mudar o mundo, podemos mudar a nós mesmos". O velho homem existente em nós não será capaz de agir nessa direção, devido a preconceitos, orgulho, intolerância, imoralidade, intransigência... Realmente, precisamos todos de um “novo nascimento”.

         Temos a vida e a obra do Mestre Jesus Cristo como o maior exemplo deixado para a humanidade. Ele revolucionou o mundo inteiro com suas atitudes, ações e seu grande amor. Ensinou-nos como devemos viver e amar. Em um de seus marcantes ensinamentos, Ele alertava: "De que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma"? Porque estamos perdendo a nossa alma, ou seja, a alma aqui significando nossa humanidade, os valores universais, a nossa civilidade, a nossa solidariedade, a nossa honra, a nossa dignidade, o nosso amor, tolerância, compreensão, afeto, gratidão... Enfim, ao perder a nossa alma nos tornamos insensatos, imprestáveis, uma espécie de "lixo" para o mundo.

         Na verdade, no fundo, parece que ninguém quer mudar o mundo. Nós, humanos, escrevemos e fazemos a história através das nossas ações. A qualidade da mudança depende da nossa sabedoria, capacidade e ética. A história nos ensina que, até aqui, não encontramos o sentido e a ideal transformação do mundo; e, talvez, não encontraremos. Entretanto, se não mudamos o mundo, podemos sim contribuir para torná-lo um pouco melhor. Seja com ações e projetos sócio-culturais, ambientais, ou até mesmo com pequenos gestos ou atitudes singelas de amor ao próximo, fazendo pessoas mais felizes, sem querer nada em troca.

         Esse nosso projeto "Cafezin dos poetas" também se insere nesse contexto. Dessa forma, propomos continuar fazendo alguém mais feliz, quem sabe. A contribuição das artes, através da poesia, da literatura, da música, etc, é fundamental, pois, certamente, consegue agregar valores essenciais ao desenvolvimento humano. Se cada um faz a sua parte nessa corrente do bem, assim, juntos, podemos muito. Não importa o tamanho de seu feito. O importante é que tenha sido bom. Ele, com certeza, fez diferença no mundo.  Vivemos num grande sistema, onde a atitude de um afeta o todo. Portanto, façamos sempre algo positivo, nem que seja emitir pensamentos iluminados. 

         Para concluir, cito o exemplo brilhante dos girassóis: Mesmo em tempos chuvosos o girassol não cai, não se inclina para baixo. Ao contrário, em tempos nublados, ele se ergue e se vira para outro girassol, em sinal de complacência e ternura. Isso é muito interessante! Se apenas agirmos como os girassóis, vendo e sentindo os outros em nós mesmos, já seria um grande avanço. Essa deve ser uma ação natural, sem obrigação, sem qualquer imposição externa ou barganha, respeitando o nosso livre árbitrio.

         Em síntese, não precisamos ansiar querer brilhar mais do que o sol ou as estrelas. Eles têm seu brilho natural; e nós também temos o nosso. Dalai Lama já dizia: “O planeta não precisa de mais pessoas de sucesso. O planeta precisa desesperadamente de mais pacificadores, curadores, restauradores, contadores de histórias e pessoas amorosas de todo tipo”. A sabedoria está em gente humilde. Nosso "admirável mundo novo" é complexo. Atualmente vivemos (quase todos), de alguma maneira, dependentes das redes sociais. Nesse mundo virtual que substitui cada vez mais o real. Vivemos na era da dissolução dos parâmetros ético-morais da sociedade, em que o individualismo, o egoísmo, o consumismo e a solidão ganham espaço, em detrimento da sinergia altruísta. Todavia, podemos combater o bom combate, seguindo os exemplos de Jesus e dos girassóis, sem o maniqueísmo do bem e do mal. Daqui deste mundo não levaremos nada, mas deixaremos as lembranças.

 

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