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VOCÊ ESTÁ FRIO, MORNO OU QUENTE?

Maio 2014

 

Qual ou quais os parâmetros que devemos utilizar para medir a nossa temperatura espiritual? Lembrei agora de uma brincadeirinha, um passa-tempo que outrora fazíamos: Alguma coisa de valor era escondida para que alguém pudesse achar. Quanto mais distante do seu alvo, dizíamos a quem estava procurando que ele estava frio. Na medida em que o candidato se aproximava do objeto, dizíamos que ele estava “morno”; quando estava bem perto, dizíamos que estava esquentando e quando, finalmente, o encontrava falávamos: “ferveu”.

 

Através dessa simples brincadeirinha podemos entender um pouco sobre a nossa condição espiritual. O Nosso alvo em questão, o nosso tesouro escondido é o Mestre Jesus. Quanto mais distante dele, estaremos “frios”. Na medida em que nos aproximamos Dele, ainda estamos “mornos”. Somente quando o encontramos, de fato, temos a certeza que estamos “fervendo” em sua presença.

 

Podemos dizer que o “frio” seria aquele que, apesar de saber que existe um tesouro escondido, um porto seguro para a sua vida, ainda está muito longe; envolvido apenas com as coisas (materiais) dessa vida, seus deleites e prazeres momentâneos. O “morno” seria aquele que só fica ao redor de Jesus. Pode até está envolvido ou compromissado com a religião, os preceitos, as regras, as boas obras e a Lei. Porém, o seu referencial são os ídolos, os líderes, as denominações eclesiásticas... Vivendo sob princípios (heresias) criados por eles e por elas. É aquele que quer viver e criar um reino somente aqui na terra, com riqueza e prosperidade material. É também dissimulado (mascarado), cego espiritual, hipócrita ou fariseu que aparenta ser aquilo que não é; como a igreja de Laodicéia, que foi rejeitada pelo Senhor por ser morna. (Ler Apocalipse 3).

 

Todavia, feliz de quem encontrou o Tesouro. De quem “comprou ouro provado no fogo (Jesus), para a sua riqueza; e foi lavado no sangue do Cordeiro e vestido com roupas brancas.” (Apocalipse 3:18). Quem o encontrou verdadeiramente recebeu a “fervura” da alma. Não significa, porém, um movimento “fogo” ou avivamento emocional aparente, apenas exterior e passageiro. Mas, uma experiência tão marcante que mesmo diante da frieza e materialidade desse mundo (que contamina), e mesmo diante das lutas e aflições que podem esfriá-lo; não as deixa sair da presença do Senhor Jesus, que o aquece continuamente.

 

Chegamos à conclusão que o parâmetro essencial para a medida da nossa espiritualidade é a distância a qual estamos de Jesus (longe, perto ou junto à Ele). Ele é o referencial, o modelo de vida para ser seguido. Se O abraçamos de corpo e alma, nascemos de novo em Espírito para uma vida nova.

 

Jesus é a Palavra viva que alimenta e nos ensina a praticá-la. Crente “quente” espiritual é quem acha o Mestre e anda, e vive com Ele, e busca viver como Ele. É através desse relacionamento e intimidade que produzimos os frutos do Espírito Santo, os quais traduzem o verdadeiro caráter do cristão e a medida da nossa espiritualidade (Ler Gálatas 5:22). E assim, a nossa luz da aurora vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.

 

Graça e Paz de Jesus!

Jaécio Matos

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O QUE FAZEMOS NO MUNDO?

(Jaécio Matos)

 

         O mundo mudou, ou melhor, vem mudando ao longo da história. Os avanços da ciência e tecnologia em conjunto com as novas relações sociais; potencializadas pelas redes de internet, vem promovendo mudanças de comportamento nos seres humanos.

     Não obstante, não há garantia que todo processo de mudança gere desenvolvimento qualitativo para a sociedade. Não há como negar os inúmeros benefícios. No entanto, também são grandes os males causados. Todos sonham (ou já sonharam) ter um mundo melhor. Como o saudoso Jonh Lennon dizia: Não sou o único sonhador. Resta saber que mundo melhor é esse que queremos.

         Quando pensamos em um mundo melhor, logo vem a ideia de justiça social (com a melhoria da qualidade de vida de todos os povos), a garantia da dignidade da pessoa humana e a extinção da pobreza. Na realidade, esse sonhado mundo melhor não seria impossível. O fato é que o poder econômico e os governos constituídos poderiam resolver nossos principais problemas. Dinheiro não falta no mundo para isso, mas os interesses escusos do grande capital, entre outros fatores, aniquilam tal possibilidade de distribuição mais justa da renda para a população. Eles priorizam as guerras ao invés da paz. Nosso mundo é maravilhoso, mas também é terrível. E a gente quer mesmo é viver, é cantar, é sorrir e ser feliz. 

         Na sociedade, várias são as opiniões e os discursos acerca de como fazer para tornar nosso mundo melhor. Rita Lee, em uma de suas canções, diz: "Me cansei de lero, lero... Me cansei de escutar opiniões de como ter um mundo melhor". E termina a música com esse verso: "Mas, enquanto estou viva e cheia de graça, talvez ainda faça um monte de gente feliz." Em geral, esse desabafo expressa também o nosso sentimento de que existem muito mais palavras do que ações efetivas no trato dessa questão, embora saibamos que estamos diante desse imenso desafio. A filosofia, a ciência, as artes, as religiões tentam encontrar os caminhos. No fundo mesmo, o que necessitamos é de humanidade, é fazermos jus ao privilégio de sermos chamados de "humanos".

         Assim, não podemos deixar de reconhecer que, apesar de não sermos capazes, individualmente, de mudar o mundo, podemos fazer parte (se assim quisermos) de uma "corrente do bem", em que a soma contagiante da benignidade poderá afetar a todos. Mas, vale o velho ditado: "Se não podemos (ou queremos) mudar o mundo, podemos mudar a nós mesmos". O velho homem existente em nós não será capaz de agir nessa direção, devido a preconceitos, orgulho, intolerância, imoralidade, intransigência... Realmente, precisamos todos de um “novo nascimento”.

         Temos a vida e a obra do Mestre Jesus Cristo como o maior exemplo deixado para a humanidade. Ele revolucionou o mundo inteiro com suas atitudes, ações e seu grande amor. Ensinou-nos como devemos viver e amar. Em um de seus marcantes ensinamentos, Ele alertava: "De que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma"? Porque estamos perdendo a nossa alma, ou seja, a alma aqui significando nossa humanidade, os valores universais, a nossa civilidade, a nossa solidariedade, a nossa honra, a nossa dignidade, o nosso amor, tolerância, compreensão, afeto, gratidão... Enfim, ao perder a nossa alma nos tornamos insensatos, imprestáveis, uma espécie de "lixo" para o mundo.

         Na verdade, no fundo, parece que ninguém quer mudar o mundo. Nós, humanos, escrevemos e fazemos a história através das nossas ações. A qualidade da mudança depende da nossa sabedoria, capacidade e ética. A história nos ensina que, até aqui, não encontramos o sentido e a ideal transformação do mundo; e, talvez, não encontraremos. Entretanto, se não mudamos o mundo, podemos sim contribuir para torná-lo um pouco melhor. Seja com ações e projetos sócio-culturais, ambientais, ou até mesmo com pequenos gestos ou atitudes singelas de amor ao próximo, fazendo pessoas mais felizes, sem querer nada em troca.

         Esse nosso projeto "Cafezin dos poetas" também se insere nesse contexto. Dessa forma, propomos continuar fazendo alguém mais feliz, quem sabe. A contribuição das artes, através da poesia, da literatura, da música, etc, é fundamental, pois, certamente, consegue agregar valores essenciais ao desenvolvimento humano. Se cada um faz a sua parte nessa corrente do bem, assim, juntos, podemos muito. Não importa o tamanho de seu feito. O importante é que tenha sido bom. Ele, com certeza, fez diferença no mundo.  Vivemos num grande sistema, onde a atitude de um afeta o todo. Portanto, façamos sempre algo positivo, nem que seja emitir pensamentos iluminados. 

         Para concluir, cito o exemplo brilhante dos girassóis: Mesmo em tempos chuvosos o girassol não cai, não se inclina para baixo. Ao contrário, em tempos nublados, ele se ergue e se vira para outro girassol, em sinal de complacência e ternura. Isso é muito interessante! Se apenas agirmos como os girassóis, vendo e sentindo os outros em nós mesmos, já seria um grande avanço. Essa deve ser uma ação natural, sem obrigação, sem qualquer imposição externa ou barganha, respeitando o nosso livre árbitrio.

         Em síntese, não precisamos ansiar querer brilhar mais do que o sol ou as estrelas. Eles têm seu brilho natural; e nós também temos o nosso. Dalai Lama já dizia: “O planeta não precisa de mais pessoas de sucesso. O planeta precisa desesperadamente de mais pacificadores, curadores, restauradores, contadores de histórias e pessoas amorosas de todo tipo”. A sabedoria está em gente humilde. Nosso "admirável mundo novo" é complexo. Atualmente vivemos (quase todos), de alguma maneira, dependentes das redes sociais. Nesse mundo virtual que substitui cada vez mais o real. Vivemos na era da dissolução dos parâmetros ético-morais da sociedade, em que o individualismo, o egoísmo, o consumismo e a solidão ganham espaço, em detrimento da sinergia altruísta. Todavia, podemos combater o bom combate, seguindo os exemplos de Jesus e dos girassóis, sem o maniqueísmo do bem e do mal. Daqui deste mundo não levaremos nada, mas deixaremos as lembranças.

 

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